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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Desabafo da vida real

Sigo com a monografia... A passos lentos, mas a entrega é pro dia 17 de novembro. Coragem, Camila, Coragem!

Vou postar hoje um escrito meu do dia 8 de novembro de 2010. Como eu me sentia naquele dia. Muita coisa mudou (na época eu pensava que algo tinha sido roubado, até faz sentido, mas, hoje percebi que ganhei o melhor, mais importante e mais lindo presente da minha vida, que é meu filho, que transcende qualquer lugar, profissão e condição de vida), mas é bom rever os pensamentos do passado, e tem a ver com a história que me motivou a criar o blog...


Segue texto na íntegra:




Algo me foi roubado!
Não sei dizer ao certo o que é, se os sonhos – talvez o futuro
Sinto falta de alguma coisa que me pertencia, da qual eu fazia parte.
Sinto que aquela que era há pouco tempo atrás
Está perdida em algum canto.
Talvez eu devesse estar lá em Curitiba
Prestes a entregar meu projeto de conclusão
Deveria, eu? Estar no sexto semestre de jornalismo.
Mas o que foi que eu fiz?
Não sei. Em alguma esquina, em alguma ideia torpe que tive
Resolvi mudar o que agora me parece que andava bem.
Eu me sentia bem comigo mesma. Segura, confiante. Feliz, realizada.
Independente.
Eu me sentia bem com a minha cidade, meus ofícios e obrigações.
Mas como sempre, buscava algo mais.
Por isso decidi mudar de cidade, com data marcada pra voltar. Insatisfeita com tudo o que conquistei, procurei mais. Ir além. Mas, quebrei a cara. Primeiro por causa da minha desatenção. Falhei. Fui muito confiante e pouco precavida. Várias vezes. Por isso, fiz uma viagem mal planejada e impulsiva. Confiei de mais, pequei por não ter mais atenção na hora de fechar um contrato de intercâmbio e na hora h. Tive uma viagem mal-sucedida e um filho inesperado.
Mais um dilema
Voltar ou não?
Voltei. Porém, a vida nunca mais foi a mesma.
Grávida, voltei pra cidade da minha mãe. Pra casa dela. E agora com um bebê.
Voltei pra faculdade, não me adaptei ao estilo e aos colegas.
Queria minha vida de volta, como era antes. Queria Curitiba. Mas o que resta agora?
A possibilidade de terminar a faculdade, de casar, de criar meu filho,
De trabalhar como jornalista em uma empresa que não me reconhece como boa profissional, que eu não consigo realizar um bom trabalho, que não me sinto preparada pra trabalhar no momento.
O que devo fazer?

Um comentário:

  1. Querida, como eu me identifico com você! Também fiz faculdade com uma bebezinha do lado. Sou apaixonada pela minha filha e não me arrependo de nada, mas lembro bem das dúvidas e dos temores...

    Bjs
    Ia

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