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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

LUTO

Após seis dias na CTI, quatro deles sedado, e todos entubado sem poder falar, meu pai faleceu nesta terça-feira, 22 de novembro, às 14:33.

Foram dias sofridos, os quais acompanhei de perto, cuidando e dando forças à ele.

Meu pai descobriu ter mieloma múltiplo em março deste ano. Após um período de quimioterapia e tratamento com outros fármacos, teve um choque séptico no dia 16, o que siginificou uma infecção generalizada.

Infelizmente ele não resistiu.

Não morávamos mais juntos, mas nos viamos com frequencia nos ultimos tempos.

Agora é tempo de luto e de reorganizar a vida.


Vamos em frente... Quando eu estiver melhor, volto a postar.

Bjs

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Atrasos do Brasil

Já comentei anteriormente que sou jornalista. Atualmente trabalho como free lancer para um jornal da minha cidade. Tive a iniciativa de elaborar uma matéria sobre a situação dos indígenas aqui. Queria compartilhar com vocês o resultado, fiz com muito amor porque o assunto me toca muito, quando vejo este tipo de situação me sinto muito triste.

Um abraço e uma ótima semana a todos e todas que passarem por aqui. Para quem está no Brasil, um ótimo feriado!




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A arte da guerra.

Não, esse post nada tem a ver com o livro de Sun Tzu.

Quero falar sobre como nos preparamos para as situações do dia-a-dia, desde as mais costumeiras, os meros detalhes, até para aqueles grandes momentos que exigem de nós mais energia, como mudar de casa, namoro novo, emprego novo, morte...

A questão é: como você se prepara para encarar as situações do dia-a-dia? Você se prepara previamente, planeja, avalia os riscos, mensura... Ou simplesmente se joga, sem medo, nem receio?

Eu, até pouco tempo atrás, confiava MUITO na sorte. E Deus me proporcionou um pouquinho de sorte ao ponto de eu achar que esse era um caminho seguro. O de se jogar, de encarar a vida sem propôr planos e metas, sem organização prévia. Até que... bom, até que eu confiei demais na sorte e levei um solavanco da vida... Me ferrei, simplesmente por não tomar o devido cuidado na hora de planejar, de checar se estava tudo ok.

Se a gente se desse conta do quão importante é ser organizado, buscar soluções e resolver pendências a tempo, ser precavido, ter uma poupança, não dar às pessoas uma confiança que não deve à elas, aprender com os erros dos outros e os nossos, evitaria-se muito desgaste, stress, e arrependimento.

Viver é a arte de se preparar para uma guerra cotidiana que enfrentamos para ter nossos direitos preservados, para conhecê-los, para aprender a cuidar da nossa vida e das nossas coisas de maneira adequada, para não deixar a falta de tempo e a desorganização engolir nossos sonhos e desejos...

Imagem de weheartit.com

Tô me esforçando ao máximo pra tentar consertar minha bagunça (interna e externa) pra viver uma vida com mais qualidade. E isso me exige uma reforma enorme, às vezes eu me perco, canso, mas, vou tentar devagar ir organizando e limpando a minha mente (o tempo também ajuda muito nesse processo), pra cuidar do corpo, da saúde, do espírito, e do amor que eu quero dar pra minha família, pros meus amigos, pros colegas, pros desconhecidos que cruzam comigo na rua, e de não me preocupar à toa, de viver um dia de cada vez, de dar valor as coisas simples, de confiar em Deus e amar Ele acima de tudo, porque só assim eu sei ser feliz.







domingo, 6 de novembro de 2011

(Ajuda!) Será?

Uma amiga muito querida e sábia (além de madrinha do meu filho) me deu um conselho hoje. (ou uma dica?)

Sobre minha mudança pra Alemanha.

Ela, como recém casada, me alertou sobre não sempre sempre muito fácil a vida a dois (lembrando que claro, cada relacionamento é diferente, mas no geral é assim), e pra, não ficar muito pesado, e pra eu poder ter certeza de que vai dar certo, me organizar, ir me adaptando... Bom, eu viajar primeiro sozinha pra ver se vai dar mesmo certo morar junto, se a incompatibilidade (inata do ser humano) é menor do que a tolerância dos dois, e depois (de uns três meses) levar nosso filho (ela se dispôs a ir pra Alemanha pra levar meu filho, ela pode, que bom!) E num caso (que eu espero muito e vou me esforçar pra que não seja) de eu não querer casar, ele no mínimo visita o pai.

A idéia de deixar ele aqui parte meu coração em mil. Mas ao mesmo tempo acho sensato. Eu tenho consciência, que um filho e uma esposa caírem de sopetão é uma mudança muito sinistra mesmo... ele também vai precisar se adaptar, e também nas mil coisas que eu tenho que organizar (comprar alguns móveis, arrumar as coisas, me localizar, talvez até dê pra procurar um apê um pouco maior (nós não podemos ficar muito tempo nesse porque tem só um quarto)) e também na saúde de nosso relacionamento...

Bom, eu ficaria sem ver meu filho, mas ele continuaria nestes meses morando na mesma casa que mora desde que nasceu aqui, e sob os cuidados da minha mãe, que sempre esteve participando de tudo na vida dele e que se propos a ficar com ele. Assim também eu poderia ter um tempinho pra oxigenar a relação, sem fraldas, horários de sono, papinhas e brinquedos. Pq afinal, voltar pra cá foi uma decisão só minha.

Só antes vou ver que ver toooda a papelada como eu faço, pq sempre dá trabalho.


Qual a opinião de vocês? Por favor, me ajudem!


Bjs

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Oi filho, tudo bem?




Filho, a mamãe tem muito orgulho de você viu? Desde o primeiro dia que eu peguei você no colo, nosso primeiro contato fora do meu corpo foi com essa sua bochecha gostosa sabia? Eu lembro que a enfermeira trouxe você pra pertinho do meu rosto, e eu te dei as boas vindas, dei um beijo gostoso em você! Foi muita emoção, você não pode imaginar quanta, talvez, um dia, se você tiver filhos você vai entender.
Filho, um dos segredos de toda mãe é esse “um dia você vai entender”, é por isso que “mãe sempre tem razão”, a gente passa por tanta coisa até ter um filho, que dá tempo de compreender um pouco melhor o mundo sim.
Meu amor, não importa se você estiver com 3 ou 30 anos, não se aborreça com as preocupações de mãe tá bom? É que mãe tem essa mania boba de esquecer que o filho cresceu, criou asas e juízo, e já entende o mundo e de si o suficiente pra descartar opiniões maternas e conselhos.
Filho, você é ainda tão pequenininho, mas já me dá saudade do meu bebezinho sabia? Você vai crescer tão rápido, daqui a pouco você já está um homem, maior que eu, me surpreendendo.
Queria te agradecer por ter me surpreendido com a tua presença, tua linda e doce presença, que transformou meu ser e me encheu de amor, um amor tão grande que eu nunca imaginei que eu fosse capaz de sentir. Amado, mamãe é muito feliz cuidando de você, vendo o quando você absorve cada ensinamento muito rápido, e me desculpa por às vezes ser impaciente, é que filho sabe como tirar uma mãe do sério, ser mãe é um exercício de paciência e doação constante, eu to tentando melhorar a cada dia, tá bom?

Um beijo, um dos milhares que eu ainda vou te dar.

Mamãe

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Só de pensar dá saudade

A cada dia está chegando mais perto do tempo de eu e meu filho mudarmos para a Alemanha, para começar nossa família junto com o pai dele e meu namorado. Quando começo a pensar na hora da partida, não tem como não dar aquele friozinho na barriga e aquele aperto no coração, que eu já senti muitas vezes antes. Pensar que enquanto eu estiver por lá o tempo estará passando por aqui e muita coisa não vou poder acompanhar, dos meus pais, de toda minha família, e do lugar onde nasci. Quando eu morava no Paraná não rolava tanto essa angústia, era só pegar a estrada que logo eu estava aqui quando quisesse. Estou me preparando psicologicamente não para os primeiros dias, quando ainda estarei absorvida pensando em organizar nossa rotina, buscar papeladas, curtindo nosso novo status de família. Mas para aqueles dias melancólicos que virão um pouco mais pra frente, cheios de saudade, de dias e pessoas frias, ainda mais com a tendência de romantizar o Brasil quando estou fora daqui, achando tudo mais bonito e brilhoso do que realmente é. Eu já tenho uma tendência a querer fugir das situações e pessoas que me magoam, e tenho que aprender a controlar meu gênio, e me ajudar para que as coisas não se tornem mais difíceis do que precisam ser. Independente de aqui ou na Alemanha, pra poder construir um relacionamento saudável vou precisar aprender a me entender e a aceitar as diferenças.
Sentimos muita falta do nosso amor, pai, e companheiro, que está lá nos esperando tão ou mais ansioso do que nós, ainda mais com os dias de frio e o inverno que vai dando as caras. Tenho certeza de que com muito amor, paciência e respeito tudo vai valer a pena. Apresento ao blog hoje os três mundos divididos entre duas pátrias... :-)