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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Monografia

Esta blogueira ficará um tempo sem postar devido ao seu trabalho de conclusão de curso. Voltaremos em breve!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Convulsão e cuidados com os bebês

Na noite de hoje fui dormir muito tarde, pois, como trabalho em casa como freelancer aproveito a madrugada que o bebê está dormindo, tranquilo, (pois ao contrário é muito difícil) para redigir minhas matérias do jornal.

Pois bem, já eram quatro da manhã quando terminei o serviço, e fui deitar, morta de sono.


Estava sonhando e de repente comecei a ouvir gritos muito desesperados. Ouvi minha vizinha de baixo chamando o nome do filho, um bebê de 6 meses e chorando muito desesperada. Fiquei agoniada pois pensei que o bebê poderia estar morto. Então levantei da cama e fui perguntar o que tinha acontecido...

O bebê teve uma crise convulsiva por causa da febre alta. O relato de uma mãe que passou pelo mesmo conta o seguinte: "Quando vi, ele estava com mãos e boca rochinhas, com olhos revirados (olhando fixo pra cima) , molengo, não respondendo a estímulo algum e membros levemene tortos."

O que eu fiz foi imediatamente ligar para o Serviço de Atendimento de Emergência, pois os pais do bebê estavam desesperados demais para conseguir agir. Então eu passei o telefone para o pai do bebê, e como neste meio tempo a crise convulsiva passou, ele orientou os pais sobre como proceder.

Sempre é bom ter em mente que atitudes tomar em uma hora dessas. Afinal, pode acontecer com qualquer um.

Achei algumas dicas:


Tratamento das convulsões nas crianças e bebês

A primeira coisa, é baixar a febre da criança. Terá que desnudá-la e passar uma esponja macia, embebida de água morna (não gelada) pelo seu corpo. Não convém imobilizá-la nem colocar nada entre os dentes. Deve-se abrir um espaço ao seu redor para que não faça mal a si mesma. E manter a tranquilidade. Quando passar a convulsão, que não deve durar mais de 10 a 15 minutos, leve rapidamente a criança ao pronto socorro mais perto para administração correta de medicamentos.
A crise convulsiva costuma ser um momento muito estressante. A primeira coisa que deve se ter em mente é que a maioria das crises dura menos que 5 minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa. Assim, deve-se manter a calma para que se possa, efetivamente, ajudar a pessoa. Medidas protetoras que devem ser tomadas no momento da crise:
• Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas;
• Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas;
• Afrouxar roupas apertadas;
• Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro;
• Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração);
• Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração;
• Observar se a pessoa consegue respirar;
• Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa;
• Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);
• Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise;
• Procurar assistência médica.

Se possível, após tomar as medidas acima, devem-se anotar os acontecimentos relacionados com a crise. Deve-se registrar:
• Início da crise;
• Duração da crise;
• Eventos significativos anteriores à crise;
• Se há incontinência urinária ou fecal (eliminação de fezes ou urina nas roupas);
• Como são as contrações musculares;
• Forma de término da crise;
• Nível de consciência após a crise.
Várias medidas erradas são comumente realizadas no socorro de uma criança com crise convulsiva.  

NÃO DEVE SER FEITO:
• NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-los livres;
• NÃO tentar balançar a pessoa Isso evita a falta de ar.
• Não coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela pode feri-lo.
• NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool caso haja febre pois há risco de afogamento ou lesão ocular pelo álcool;
• NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a água;
• Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em memória a uma amizade

Desculpe, mas me recuso a ser infeliz para sempre. Desculpe-me outra vez, mas me recuso a apagar tantas lembranças boas. Porque as ruins, essa é melhor tentar esquecer...

Uma coisa que tenho mente hoje é que a vida é muito curta pra nos preocuparmos com tantas coisas pequenas, que não vão fazer diferença se olharmos para o todo da nossa vida.

E outra, que aprendi com uma pessoa sábia, que nos esquecemos que vamos morrer um dia, e vivemos como se a vida fosse pra sempre.

Damos muita importância às coisas materiais que podemos conquistar. Lutamos com unhas e dentes para ser alguém, para ter uma casa, um carro, pra satisfazer desejos tão superficiais, para comprar e comprar e comprar coisas.

Mas temos dificuldade de abraçar nossos pais, de perdoar nossos amigos quando eles não são como a gente gostaria que fossem, de tratar bem todas as pessoas, de dizer palavras carinhosas, de demonstrar amor, de contentar-se com coisas simples, de contentar-se com a vida, com o alimento, com a compania doce, com a cama gostosa pra dormir, com o banho quente, com o que é essencial pra viver... Porquê?


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tá reclamando do quê?

Esse é o título do e-mail que recebi e gostaria de compartilhar e saber a opinião de quem passar por aqui.

Tá reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci?  do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso? 

Brasileiro reclama de quê?

O Brasileiro é assim:

A- Coloca nome em trabalho que não fez.

B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

7. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

8. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

9. - Viola a lei do silêncio.

10. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

11. -Furafilas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.


12. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

13. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

14. - Faz 
"gato" de luz, de água e de tv a cabo.

15. -Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

16. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.

17. -Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

18. -Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

19. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

20. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

21.. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.

22. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

23. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

24. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

25. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

26. -Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

27. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

28. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

29. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

30. - Quando voltado exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

31. - Quando encontraalgum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E, acrescento mais:
32 - Pede ao amigo que está em algum trabalho público, principalmente político, um lugarzinho para seus filhos em vez de estimulá-los a estudar e conseguir seus próprios empregos....
33 - Não se importa (muitas vezes até ajuda) se seu filho faz parte daquele grupo que fraudou o  concurso público e passou, em detrimento de outros candidatos que honestamente tentaram passar.... (olha aí: concurso na área jurídica)....
34 - Vai até a escola e paga o maior esporro na professora ou professor que deu a bronca em seus filhinhos...
35 - Faz vista grossa quando seu filhinho ainda pequeno chega da escola com pequenos objetos que não lhe pertencem ao invés de fazê-lo devolver no dia seguinte;
36 - Não respeita e não cumpre as leis;
37 - Adultera documentos para entrar em  locais proibidos para menores, com a conivência dos pais;


E quer que os políticos sejam honestos....

Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra  das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...." 
Amigos! Esse é um dos e-mails mais verdadeiros que recebi. Colhemos o que plantamos! A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes.



Quando li, mexeu muito comigo, me senti um pouco envergonhada, quem nunca fez alguma dessas coisas? Eu já coloquei nome em trabalho que não fiz, já pedi pra amigo assinar chamada, já falei no celular enquanto dirijo, já usei o telefone da empresa pra assuntos pessoais e já passei na catraca quando era um pouco mais velha que a idade permitida.

Hoje eu olho pra tudo isso com muita reprovação. Porém, estamos tão acostumados a "dar um jeitinho", isso é tão permissivo que... passa despercebido! Como se fosse normal. Mas não, não é normal e nem é correto. É dessas pequenas coisas que surgem os grandes problemas culturais, como este que vivemos no Brasil.

sábado, 17 de setembro de 2011

Filhos e profissão

Ah, vamos lá, todo mundo sabe que ser mulher hoje em dia não é das tarefas mais simples.

Conquistamos muitas coisas, é claro, e um espaço maravilhoso que podemos compartilhar de igual pra igual com os homens, podendo votar, participar da vida pública, ter a mais tenra profissão... "Ninguém" vai olhar torto pra você por isso...

Ganhamos novos papéis, mas não abandonamos os antigos. Continuamos tendo estruturas cerebrais que dão ao homem e a mulher noções de espaço, visão, entre outras coisinhas bem diferenciadas (e exigem um pouco de paciência as vezes pra entender o outro), continuamos gerando os filhos, continuamos (a maioria) tomando mais conta dos afazeres domésticos do que eles.

A cobrança pessoal para ser uma boa pessoa, em todos os sentidos, mulher, profissional, namorada, esposa, filha, mãe... é realmente uma saga pra se vencer. Isso quando a cobrança não é só sua, mas sim, também, da sociedade em que se está inserido.

Pras mulheres que eu conheço, é super normal trabalharem fora. Sempre pensei assim em relação ao meu filho, na necessidade dele ir pra o berçário por eu precisar trabalhar fora pra ajudar nas despesas de casa. Aqui os bebês, ainda com quatro meses, vão numa boa, passar o dia todo em uma creche ou berçário enquanto sua mãezinha vai ralar pro suado pão de cada dia, ou alguns, ficam com os avós, quando os tem e estão disponíveis para a tarefa. (claro que tem os que contratam babás, mas não no meu patamar...)

Na Alemanha não é assim. Toda vez que comento com algum alemão que o meu filho vai para o Kindergarten, a expressão é de surpresa "Mas já??!!", as vezes acompanhado de um "Não é muito cedo??". E eu respondo que sim, já, não é cedo e aqui no Brasil isso é normal.

Não quero defender nem um lado nem outro. Acho sim, que o filho ficar pertinho da mãe nos primeiros anos de vida é uma ótima opção para o bebê, mas sim, vejo bebês que precisaram ser criados sendo levados para a creche ou cuidados por outras pessoas enquanto suas mãezinhas ralavam, e são super educados, queridos, e sem traumas por conta disso. O meu bebê vai só a tarde, 4 horas por dia, e além de necessário acho bom para a socialização dele, é um tempo que estamos separados mas que eu consigo ansiar por ter ele de volta aos meus braços, é uma sensação maravilhosa a do reencontro.

Só que acho estranho, uma sociedade que precisa aumentar a natalidade para não correr o risco de ser extinta, obrigar (muitas das vezes) suas mulheres a terem que decidir entre ter filhos ou ter uma carreira. Porque se cada vez que você tiver que ter um filho precisar pagar alguém (bem pago) pra cuidar de seu filho, porque a quantia de berçários pra antes dos 3 anos ser muuuuito baixa (segundo minhas pesquisas) e o povo te considerar uma megera por passar o dia todo longe da sua cria não é algo que estimule muito o desejo de ser mãe se concretizar não é?

Pra mim, que me via "obrigada" a trabalhar para o sustento e conforto do lar existir, poder ficar com meu filho e ainda receber uma ajuda de custo pra isso, o kindergeld e o elterngeld tem seu lado bom sim. Mas seria melhor se tivesse mais abertamente nas terras germânicas a opção de trabalhar e ter filhos ao mesmo tempo, não como uma obrigação, mas como uma opção de vida. Afinal, ser uma mulher-polvo não é das tarefas mais simples, mas quem é que disse que é sempre ruim e ruim pra nossos filhos?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Sono do Bebê

Dias atrás passeando pelos blog da Georgia achei muito interessante um post dela sobre o horário das crianças dormirem (se quiser ver, clique aqui) e achei muito interessante a cultura alemã de por os filhos para dormir neste horário, além de fazer bem para eles, é claro, faz bem para o relacionamento do casal, num é mesmo?

e para confirmar todas as evidências, namorado já decretou que nosso bebê DEVE, PRECISA, NECESSITA ir dormir as 20 horas religiosamente, já que é assim que funciona e sempre funcionou com todas as crianças que ele conhece, inclusive ele!

Então que em outra leitura achei o post (clique aqui pra ver!) da Kaka Barcelos, uma blogueira mãe muito divertida e humana que acompanho...

E olha gente, não é fácil, não sei se é com todos, mas meu bebê de 1 ano e quatro meses, é uma luta viu, tem dias que levo quase duas horas tentando fazer ele pegar no sono! Ele pula por cima de mim, quer descer da cama, chora, faz manhã, se remexe sem parar, chora de novo porque não deixo ele sair da cama, não para quieto, resmunga, reclama, teima... tem dias que eu estou tão ocupada com algo que desisto, mas geralmente, se não é pontualmente as 20h... um pouco mais tarde, 21h eu tento fazer ele dormir, porque se deixar.. vai até a meia noite ou mais viu? Aí eu tento musiquinhas, carinho, a mamadeira quentinha, mas nem sempre funciona...

Se você tem bebê ou já teve, como foi a experiência de fazer dormir com você?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cidade pequena na Alemanha

Daqui cerca de quatro meses é pra eu estar indo embora pra terra da batata e do chucrute.

Uma parte boa da coisa é que já morei lá por um tempo e conheço um pouco a cidade onde eu vou morar. Confesso que no início sentia uma certa antipatia pelo local, pois tem apenas 5 mil habitantes.

Mas com o tempo senti que amadureci mais minha opinião sobre o lugar. Tudo na vida tem vantagens e desvantagens, basta olharmos para elas.


O que eu penso agora: A cidade é pequena, mas pelo menos não é um Dorf, o que seria muito pior! O isolamento em um Dorf pode ser cruel com a gente (morei num), tem supermercados (Lidl, Edeka, entre outros) Lojinhas (NKD, Kik, entre outras), banco, comida turka (Kebab Döner que eu gosto), tem restaurante italiano e sorveteria...

Fica em uma região linda, Donau-Ries, cheia de planícies juntinho com a Rota Romântica (Romantische Strasse)

Morarei na mesma cidade que minha sogra, o que pode ser um grande apoio quando se tem um filho e sua mãe no Brasil


Estas são algumas coisas que eu lembrei... E também... Depois que eu tive um filho, não tenho mais como viver em ritmo de cidade grande, e quer saber? Nem quero. Neste momento da minha vida quero curtir a paz da família e do sossego, sem correrias.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O jeito dele ser

Eu sei que cada um tem sua experiência à sua maneira. Mesmo que eu seja brasileira, eu posso ser uma brasileira mega diferente da minha vizinha, não é? Cada um tem seu jeito de ser e de viver suas culturas próprias e familiares, ainda mais em um país tão miscigenado como o nosso...

O que não deixa de ser diferente em outros países, como eu acredito que também é na Alemanha.

O meu querido namorado alemão é uma raridade de pessoa! Desde que eu conheci ele, aliás, em uma festa Brasileira no sul da Alemanha já pude detectar nele um modo atípico de ser. Foi neste lugar lugar onde pela primeira vez na vida assisti a uma apresentação de carnaval, com as gigantes de fantasias de penas (para mim foi tão interessante ver as meninas dançando quanto para os alemães)
Mas voltando ao assunto, muita coisa no menino de29anosquasetrinta não representa o clichê alemão de ser, desde o modo de se vestir, de encarar a vida, a desorganização, a preguicite que ás vezes toma conta, que me lembra muito o jeitinho que chamam de típico brasileiro... Gente, muitas vezes não reconheço nele um alemão como a maioria fala, ele é super comunicativo, simpático e aberto com as pessoas...

Você conhece alemães assim? Será que é preconceito meu achar que os alemães são fechados?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sobre maturidade

Um dos assuntos que está na minha mente nos últimos tempos é o amadurecimento.

De julho de 2009 pra cá minha vida passou por uma revolução gigantesca.

Imagine você que eu  tive que mudar todos os planos que tinha construído para a minha vida até então. Do dia para a noite, durante uma viagem ao exterior, por uma falha de comunicação por eu e meu namorado não conversarmos em nossas línguas maternas.

Desde lá até aqui, tenho tentado me adaptar às minhas novas condições, como mulher e principalmente como mãe. Mas a próxima será como expatriada. Estou retornando para a Alemanha.

Uma das mudanças que ocorreram na minha vida foram as minhas prioridades. Essa foi uma verdadeira revolução. Eu colocava minha profissão e minha liberdade acima de tudo. Juro. Pra mim, esses eram elementos sagrados. Por mais que eu amasse meu namorado e companheiro, eu sempre vinha em primeiro lugar e eu sempre era mais  importante. Meus planos incluíam primeiro a minha vontade e a minha carreira. Eu nunca abriria mão da profissão. Eu nunca antes pensei em ser dona de casa, e ser mãe era uma remotíssima possibilidade! Meu plano para os próximos 15 anos eram, crescer na minha carreira e ter meu próprio lar! O resto era secundário.

Mas... quando me vi grávida... De meu namorado há pouco tempo e ainda estrangeiro... minha cabecinha de 20 anos deu um nó! O desespero bateu a porta, é claro, estava longe da minha família e só pensava no que eu estava perdendo, meus sonhos, minhas possibilidades! Me senti perdida. E o pior: a gravidez me fez sentir mal com meu namorado. Não sei porque, comecei a sentir raiva e nojo dele! Talvez por "culpá-lo" pelo que nós fizemos juntos! Minha mente naquele momento não tinha capacidade suficiente para discernir bem a situação. Ainda eu tinha a possibilidade de abortar. Sim, e foi o que me incentivaram a fazer. Mas graças a Deus, apesar de ter errado uma vez (engravidando sem querer) não errei outra, cometendo um homicídio do meu próprio filho (sim, pra mim aborto é crime de morte). Decidi que não seria capaz de suportar uma monstruosidade dessas, que eu não conviveria bem comigo mesma de maneira nenhuma cometendo essa atrocidade. Então, com medo de errar uma terceira vez, decidi, a contra gosto do meu namorado, não casar com ele, e sim, voltar para o Brasil, pra ter nosso filho perto da minha família e terminar a faculdade, que estava na metade.

O custo emocional dessa decisão foi grande. Eu voltei pra cá com a cabeça "virada", e ele, sofreu muito por eu decidir voltar. A dor que eu fiz ele passar foi grande. Mas não queria fazer ele sofrer com a dor de estar com alguém que não tinha certeza do que queria.
Ficamos nove meses sem nos falar. Nos vimos depois de um ano e dez meses. E agora, com o amadurecimento que só o tempo e o distanciamento é capaz de trazer (e se Deus quiser com o diploma na mão - estou fazendo a monografia pra terminar o curso antes de ir) decidimos ficar juntos de vez. O amor não continua o mesmo. Ele aumentou. E está fortalecido por essa maravilhosa vida que ata nossos laços ainda mais fortemente.

Hoje, a maturidade que adquiri neste tempo, me deu a oportunidade de não me sentir frustrada, e sim de olhar nos olhos do homem que eu amo, desejar ser sua mulher, e agradecer a ele pelo melhor presente que ele me deu até hoje, a vida do nosso filho.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Já estamos chegando no segundo dia do mês de setembro.

 E com ele, no meu coração, inicia-se um novo tempo pra mim. Agosto foi um mês decisivo. Meu filho teve seu primeiro contato com o pai biológico. Depois de um ano e oito meses sem ver meu ex agora atual namorado alemão, depois de muitos traumas, sofrimento, sentimentos confusos... Nos reencontramos. Decidimos iniciar uma nova vida juntos. Aquilo que ele sempre sonhou, finalmente está nos planos para acontecer: formar nossa família na Alemanha. Nesse intermédio entre a mudança pra lá e o retorno de nossa vida afetiva, resolvi iniciar este blog.