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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Brasil é convidado de honra na Feira do Livro de Frankfurt 2013



“Brasil em toda palavra - Um país cheio de vozes e de permanente recriação cultural”. Este será o lema da participação brasileira na Feira do Livro de 2013, nada menos que a maior feira do livro mundial. O Brasil assume pela segunda vez (a primeira foi em 1994), o bastão de país homenageado pela feira de Frankfurt.



Setenta escritores brasileiros estarão presentes no evento, que acontece entre 9 e 13 de outubro. Dentre eles, os gaúchos e gaúchas Cíntia Moscovich, Daniel Galera, Joao Gilberto Noll, Michel Laub e Veronica Stigger. "A escolha dos escritores que participarão da Feira de Frankfurt foi bastante difícil, porque temos uma grande quantidade de excelentes escritores. Seguindo critérios de publicação no exterior, obras traduzidas para outros idiomas, diversidade e pluralidade, entre outros, que resultaram em 70 nomes. Para mim, a seleção representa a criação literária brasileira sem qualquer estereótipo, mas destacando seu domínio criativo", afirmou o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Renato Lessa.
Da prosa às histórias em quadrinhos, da música às intervenções urbanas. A participação brasileira na Feira não ficará limitada à literatura. O pavilhão de 2.500 m² que o Brasil terá, será como uma grande praça pública. De um lado, um auditório onde os 70 escritores escalados se revezam em conversas com o público; no meio, uma mesa no formato da marquise do Ibirapuera. Sobre ela, edições estrangeiras de livros brasileiros. Ao redor, uma instalação de Heleno Bernardi - colchões no formato de corpos, onde o visitante pode relaxar.
Haverá também seis bicicletas. Ao pedalar, a projeção de filmes sobre formas de circulação do livro - de bibliotecas ambulantes a projetos mais quixotescos - é acionada.
Ali por perto, um redário e, ao lado das redes, totens com música popular brasileira.
Encerrando a exposição - ou iniciando, não há ordem -, um canto com uma instalação multimídia criada pelos videoartistas Gisela Mota e Leandro Lima Serão seis grandes telas que exibirão filmes com imagens que remontam ao universo do imaginário ficcional e poético brasileiro e que fazem referência aos temas: metrópole, subúrbio, campo, floresta, mar e sertão. Textos literários vão interagir com as imagens sem estarem dentro delas.
Mas a Feira de Frankfurt é uma feira de negócios, e a ideia principal é promover o acesso de editores estrangeiros à literatura nacional. "Teremos uma intensa programação, abordando os diferentes aspectos do mercado editorial brasileiro. Não tenham dúvidas de que a participação do Brasil em Frankfurt contribuirá de maneira expressiva para a visibilidade mundial de nossos livros. Já somos um país comprador e, agora, vamos mostrar que também estamos prontos para nos tornarmos um país vendedor de direitos autorais", declara a a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa.
Um dos pontos que a organização de Frankfurt destaca é o programa de tradução de livros criado pela Biblioteca Nacional. De acordo com Simone Buehler, diretora de projetos da Feira de Frankfurt, o lançamento de 256 livros brasileiros na Alemanha já está garantido para este ano. Até o fim de 2013, a produção literária do Brasil terá sido representada na Alemanha por um total de 92 escritores em eventos realizados em diferentes cidades, como a Feira do Livro de Leipzig, a LitCologne, a Internationale Kinder und Jugendbuchwochen e o Festival Internacional de Literatura de Berlim (em setembro).

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