Páginas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Convulsão e cuidados com os bebês

Na noite de hoje fui dormir muito tarde, pois, como trabalho em casa como freelancer aproveito a madrugada que o bebê está dormindo, tranquilo, (pois ao contrário é muito difícil) para redigir minhas matérias do jornal.

Pois bem, já eram quatro da manhã quando terminei o serviço, e fui deitar, morta de sono.


Estava sonhando e de repente comecei a ouvir gritos muito desesperados. Ouvi minha vizinha de baixo chamando o nome do filho, um bebê de 6 meses e chorando muito desesperada. Fiquei agoniada pois pensei que o bebê poderia estar morto. Então levantei da cama e fui perguntar o que tinha acontecido...

O bebê teve uma crise convulsiva por causa da febre alta. O relato de uma mãe que passou pelo mesmo conta o seguinte: "Quando vi, ele estava com mãos e boca rochinhas, com olhos revirados (olhando fixo pra cima) , molengo, não respondendo a estímulo algum e membros levemene tortos."

O que eu fiz foi imediatamente ligar para o Serviço de Atendimento de Emergência, pois os pais do bebê estavam desesperados demais para conseguir agir. Então eu passei o telefone para o pai do bebê, e como neste meio tempo a crise convulsiva passou, ele orientou os pais sobre como proceder.

Sempre é bom ter em mente que atitudes tomar em uma hora dessas. Afinal, pode acontecer com qualquer um.

Achei algumas dicas:


Tratamento das convulsões nas crianças e bebês

A primeira coisa, é baixar a febre da criança. Terá que desnudá-la e passar uma esponja macia, embebida de água morna (não gelada) pelo seu corpo. Não convém imobilizá-la nem colocar nada entre os dentes. Deve-se abrir um espaço ao seu redor para que não faça mal a si mesma. E manter a tranquilidade. Quando passar a convulsão, que não deve durar mais de 10 a 15 minutos, leve rapidamente a criança ao pronto socorro mais perto para administração correta de medicamentos.
A crise convulsiva costuma ser um momento muito estressante. A primeira coisa que deve se ter em mente é que a maioria das crises dura menos que 5 minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa. Assim, deve-se manter a calma para que se possa, efetivamente, ajudar a pessoa. Medidas protetoras que devem ser tomadas no momento da crise:
• Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas;
• Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas;
• Afrouxar roupas apertadas;
• Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro;
• Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração);
• Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração;
• Observar se a pessoa consegue respirar;
• Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa;
• Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);
• Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise;
• Procurar assistência médica.

Se possível, após tomar as medidas acima, devem-se anotar os acontecimentos relacionados com a crise. Deve-se registrar:
• Início da crise;
• Duração da crise;
• Eventos significativos anteriores à crise;
• Se há incontinência urinária ou fecal (eliminação de fezes ou urina nas roupas);
• Como são as contrações musculares;
• Forma de término da crise;
• Nível de consciência após a crise.
Várias medidas erradas são comumente realizadas no socorro de uma criança com crise convulsiva.  

NÃO DEVE SER FEITO:
• NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-los livres;
• NÃO tentar balançar a pessoa Isso evita a falta de ar.
• Não coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela pode feri-lo.
• NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool caso haja febre pois há risco de afogamento ou lesão ocular pelo álcool;
• NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a água;
• Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico.

2 comentários:

  1. ai meu deus, que situacao terrivel! espero nunca ter que passar por algo parecido pq deve ser desesperador mesmo. Mas isso me lembra que temos que fazer urgentemente um curso de primeiros socorros para bebes por aqui. bjs!

    ResponderExcluir
  2. Ca, tive fases assim com minha filha, ela tinha bronquite e muitas das vezes queimava em febre. Qdo a pediatra me dizia que eu tinha que esfriá-la com um paninho molhado e abrir-lhe as roupinhas e deixar o corpo respirar melhor, eu ficava assustada pois no Brasil tinha aprendido que tinha que cobrir bem para a crianca suar e a febre sair. Aprendi. Que é exatamente o contrário, se o calor aumentar a crianca entra em convulsao e o que queremos é baixar a febre. É assustador mesmo e todo cuidado é pouco.

    Abracos

    ResponderExcluir